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Trump freia sobre as sobretaxes: A UE respira e as ações sobem

Mon 26 May 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Um confronto comercial que prometia ser sangrento foi evitado por um triz. Na véspera de 1º de junho, Donald Trump e Ursula von der Leyen conversaram. Uma troca decisiva. Resultado: mais cinco semanas de trégua antes da implementação das sobretaxas americanas sobre produtos europeus. Essa suspensão foi comemorada pelos mercados. Desde a abertura, as bolsas europeias dispararam. Um alívio para os investidores, mas uma calmaria frágil.

Donald Trump empurrando uma escavadeira estampada com a palavra "impostos" e adornada com bandeiras europeias

Em resumo

  • Trump adia as sobretaxas europeias, acalmando os temores imediatos nos mercados financeiros.
  • O CAC 40 ganha 1,01%, sinal de um renascimento do otimismo entre os investidores.
  • Os setores de automóveis, luxo e semicondutores se beneficiam da recuperação das bolsas europeias.

Um impulso espetacular das bolsas europeias após uma ligação inesperada

Domingo, 25 de maio, Ursula von der Leyen pega o telefone e faz uma chamada decisiva. Do outro lado da linha, Donald Trump. O presidente americano, após uma semana de escalada, concede um prazo. A Europa obtém até 9 de julho para continuar as negociações comerciais.

A UE e os Estados Unidos compartilham a relação comercial mais estratégica do mundo.

Ursula Von der Leyen

Este gesto acalmou os ânimos. No dia seguinte, as bolsas europeias disparam. O CAC 40 sobe 1,01%, o DAX 1,44%. O EuroStoxx 50 avança 1,29%. Até os índices periféricos acompanham. No entanto, Londres permanece fechada naquele dia, reduzindo as negociações.

Em comparação, os futuros dos EUA também sobem: +0,85% para o Dow Jones. O Nasdaq 100 ganha 1,19%. Na Ásia, a tendência é mista. Nikkei e Kospi sobem, enquanto Hang Seng recua.

Os investidores europeus recuperam o apetite. A ligação entre Trump e von der Leyen congelou uma guerra tarifária. Por quanto tempo?

Ameaças tarifárias que abalaram a bolsa… e o Bitcoin

A semana anterior foi muito mais agitada. Em 2 de abril, Trump anunciou sobretaxas “recíprocas” de 20%, rapidamente reduzidas para 10% por 90 dias. Depois, ele voltou à carga. No Truth Social, escreveu: “As negociações não avançam!

Na sexta-feira, 23 de maio, ele anunciou uma tarifa de 50% sobre todos os produtos europeus a partir de 1º de junho. Consequência imediata: as bolsas europeias caem. O CAC 40 perde 2,8%, o DAX cai 2,3%, o Stoxx 600 recua 1,9%. Os bancos sofrem: Deutsche Bank -5,2%, Société Générale -4,6%. Até os valores de luxo e automóveis despencam. O próprio bitcoin balançou e caiu 3,7% em uma sessão.

A nervosidade chega ao mercado de títulos: os rendimentos dos bunds alemães caem 10 pontos base. Os investidores fogem para ativos refúgio. O franco suíço ganha 0,6% frente ao dólar. Nesse caos, a bolsa europeia absorve o choque e depois espera. A ligação de domingo mudou o jogo. Mas a fissura foi revelada.

A trégua não apaga a espada de Dâmocles

A ameaça tarifária foi simplesmente adiada. Ursula von der Leyen pediu mais tempo. Conseguiram cinco semanas. Mas Trump continua imprevisível. Aliás, ele escreveu:

Eu aceitei o adiamento – até 9 de julho – foi um privilégio.

O mercado sabe que tudo pode mudar. Como prova, a volatilidade permanece alta. Os títulos ainda são muito procurados. A prudência predomina.

Os fluxos saem dos ativos americanos. Os ETFs de ações europeias atraíram 34 bilhões de euros desde janeiro. Pelo contrário, os que miram os Estados Unidos receberam apenas 8,2 bilhões. Essa reversão traduz uma mudança profunda de percepção.

Mas nada ainda está garantido. As negociações comerciais recomeçam. O euro permanece forte, mas o dólar vacila. Moody’s rebaixou a nota da dívida dos Estados Unidos, aumentando a incerteza. A bolsa caminha em uma linha tênue.

Alguns números para lembrar:

  • O CAC 40 caiu 2,8% em 23 de maio, depois se recuperou 1,01% em 27 de maio;
  • A Deutsche Bank perdeu 5,2% em uma sessão, antes de uma recuperação parcial na segunda-feira;
  • O franco suíço ganhou 0,6% contra o dólar, reforçando seu papel de valor refúgio;
  • 34 bilhões de euros injetados nos ETFs de ações europeias desde janeiro;
  • O preço do bitcoin recuou 3,7% com o anúncio das sobretaxas de Trump.

Donald Trump concedeu uma trégua à União Europeia até 9 de julho, oferecendo um respiro aos mercados. Contudo, a incerteza persiste, alimentada pela volatilidade política e econômica. Esse prazo permitiu à bolsa europeia voltar ao verde, também apoiada pela decisão muito aguardada do Fed de manter as taxas em 8 de maio passado. Essa combinação de elementos reacendeu a confiança dos investidores, apesar dos riscos ainda presentes. A Europa ganha tempo para negociar, mas a vigilância permanece necessária em um contexto internacional tenso.

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Mikaia A.

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