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Um ex-funcionário da Coinbase preso na Índia por roubo massivo de dados de clientes

10h23 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Quando uma plataforma tão emblemática quanto a Coinbase leva um golpe, a onda de choque é sentida em toda a esfera cripto. Nos últimos meses, a plataforma foi abalada por um caso de roubo de dados que manchou sua reputação. No centro do escândalo: um ataque coordenado, agentes corruptos, um saque digital colossal e, acima de tudo, uma falha humana mais do que um bug de software. O mal estava feito, mas a caça aos culpados foi iniciada. E as primeiras prisões acontecem.

Um homem algemado, com o rosto tenso, diante de uma tela exibindo “69 461” e o logotipo da Coinbase, em um ambiente sombrio na Índia.

Em resumo

  • Um agente do suporte ao cliente roubou dados cripto para uma rede criminosa.
  • 69.461 contas expostas, mas a Coinbase não pagou o resgate exigido.
  • Uma recompensa de 20 milhões $ lançada para identificar os cibercriminosos envolvidos.
  • O caso custa à Coinbase até 400 milhões $ em medidas de segurança.

Coinbase mostra os dentes: uma prisão, uma mensagem clara

A Coinbase prometeu: nada de concessões com os perturbadores, especialmente com os autores do hack de maio passado. E é a polícia de Hyderabad, na Índia, que abre o baile com a prisão de um ex-funcionário do suporte ao cliente. Segundo as investigações, esse agente fazia parte de uma rede infiltrada desde dezembro de 2024, acusado de ter transmitido dados sensíveis — nomes, endereços, documentos de identidade — a cibercriminosos.

O CEO Brian Armstrong respondeu sem rodeios no X:

Temos tolerância zero para comportamentos maliciosos e continuaremos a colaborar com as autoridades para levar os culpados à justiça.

Ao todo, 69.461 usuários foram afetados. Nenhum fundo cripto foi roubado, mas uma chantagem de 20 milhões $ para não divulgar os dados. A Coinbase se recusou a ceder, lançando em vez disso uma recompensa equivalente para identificar os culpados. A empresa investiu entre 307 e 400 milhões $ para remediação, um dos maiores orçamentos pós-ciberataque do ano de 2025.

A estratégia é clara: mostrar que mesmo quando balança, a plataforma permanece no comando. E acima de tudo, que prefere pagar pela justiça a pagar pelo medo.

Cripto, confiança e crise: quando o humano se torna a falha

Este caso ultrapassa o simples âmbito da Coinbase. Ele abala toda a indústria cripto. Mostra que uma empresa, mesmo listada em bolsa, nunca está segura contra uma facada que vem de dentro.

O mais preocupante? O ataque visava funcionários offshore, especialmente através da TaskUs, prestadora baseada no Texas, operando na Índia. A investigação revelou que dois de seus agentes teriam sido recrutados por uma rede criminosa maior. Trabalhadores do suporte ao cliente transformados em portas de entrada para hackers. Uma falha humana.

E este não é um caso isolado: em outro processo, Ronald Spektor, 23 anos, foi acusado no Brooklyn por desviar 16 milhões $ em cripto via phishing. Um lembrete para toda a comunidade cripto de que a vigilância nunca deve adormecer.

A Coinbase não está isenta de críticas. Uma ação coletiva de seus acionistas denuncia falta de transparência sobre o momento da divulgação. De um lado, a plataforma joga a carta do cavaleiro branco; do outro, deve justificar seus silêncios. Comunicação ou convicção?

O que é importante reter:

  • Dezembro de 2024: início da infiltração por agentes corruptos;
  • 69.461 usuários expostos, mas nenhum roubo direto de fundos cripto;
  • 20 milhões $ exigidos como resgate – recusados pela Coinbase;
  • Até 400 milhões $ investidos para segurar, reembolsar, limpar;
  • Ação judicial em curso contra a plataforma por divulgação tardia.

Apesar desta tempestade, a Coinbase permanece um pilar do universo cripto. Longe de apenas garantir a retaguarda, seus especialistas já apostam nas próximas revoluções tecnológicas. Entre as 9 tecnologias que eles monitoram de perto: a Prova ZK para mais privacidade, ou ainda o contrato inteligente evolutivo, capaz de adaptar suas regras ao longo do tempo. Para alimentar a esperança de um ecossistema mais robusto, mais ético e menos vulnerável.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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