Vivek Raman compara o Ethereum ao petróleo para seduzir Wall Street

Vivek Raman, cofundador da Etherealize e ex-banqueiro de Wall Street, conduz uma ofensiva de charme inédita. Ele agora apresenta o Ethereum como o “petróleo digital” destinado a revolucionar as instituições financeiras tradicionais.

A analogia do “petróleo digital”: atraente, mas imperfeita

Vivek Raman, ex-banqueiro do Nomura e UBS, lançou a Etherealize em janeiro de 2025 com uma missão clara.

Esse cofundador lidera uma ofensiva para convencer instituições financeiras a adotarem o Ethereum. “Eu ainda chamo de petróleo digital“, confessa ele.

Acreditamos que, com a evolução do ecossistema cripto, as pessoas vão querer manter esse ativo em reserva.

Essa analogia é inspirada diretamente no bitcoin, muitas vezes chamado de “ouro digital”. Ela torna o Ethereum acessível para os iniciantes de Wall Street.

A ideia é simples: assim como o petróleo alimenta a indústria mundial, o ETH alimenta a rede blockchain. Ele serve como combustível para todas as transações e contratos inteligentes.

No entanto, surgem diferenças fundamentais. Ao contrário do petróleo, cuja oferta é elástica conforme a demanda, o Ethereum apresenta uma emissão máxima de 1,5% ao ano.

“Em vez de um limite fixo para a oferta total, existe um limite fixo para a emissão anual“, esclarece Danny Ryan, cofundador da Etherealize e ex-pesquisador da Fundação Ethereum. Essa previsibilidade tranquiliza os investidores institucionais, acostumados a ativos com regras claras.

A maior vantagem do Ethereum está na sua capacidade de gerar renda. Ao contrário do petróleo armazenado em reservas, o ETH “staked” na rede atualmente rende 3% ao ano. Essa remuneração passiva atrai naturalmente instituições à procura de retornos regulares.

Ethereum, futuro ativo de referência da finança tokenizada

A verdadeira revolução do Ethereum acontece na tokenização de ativos tradicionais. BlackRock e Franklin Templeton já deram o passo ao tokenizar vários de seus fundos nesta blockchain. Essa adoção institucional deve acelerar sob Donald Trump, conhecido por ser favorável às criptomoedas.

Claro, concorrentes como Solana estão ganhando fatias de mercado. Kraken escolheu essa blockchain para algumas de suas ofertas. Mas o Ethereum mantém uma vantagem por sua maturidade e segurança comprovadas.

Raman vai mais além em sua visão. “Nesse ecossistema onde todos os ativos mundiais são tokenizados, o único ativo neutro e global que conecta todos esses ativos é o ETH“, afirma. Essa perspectiva transforma o Ethereum na coluna vertebral do sistema financeiro digital.

Concretamente, o ETH serviria como moeda de troca universal entre diferentes ativos tokenizados. Ações, obrigações, commodities: todos esses ativos tradicionais poderiam ser negociados via Ethereum. Essa interconexão criaria uma economia digital verdadeiramente global.

A analogia do “petróleo digital” faz todo sentido. Assim como o petróleo revolucionou a indústria no século XX, o Ethereum pode muito bem transformar as finanças do século XXI. Especialistas esperam que a tokenização das ações ultrapasse a marca de 1 trilhão de dólares a médio prazo. Wall Street está descobrindo gradualmente essa infraestrutura que provavelmente se tornará a espinha dorsal da finança tokenizada.