A BlackRock ultrapassa 700.000 BTC com seu ETF de Bitcoin

Houve um tempo em que vozes na criptoesfera se ergueram: “Não venda seus bitcoins para Larry“. O chamado soava como um alerta. Mas, ao longo dos meses, esse alerta se perdeu no ruído. Os números, entretanto, permaneceram. E eles falam alto. A BlackRock agora detém mais de 700.000 BTC através do seu ETF IBIT. Um marco histórico que redesenha os contornos do domínio no mercado cripto. O Bitcoin continua raro, mas cada vez menos distribuído.

700.000 bitcoins depois, a BlackRock se impõe como o árbitro do jogo

Desde janeiro de 2024, o ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT), o ETF Bitcoin spot da BlackRock, atraiu mais de 75,5 bilhões de dólares. Até hoje, 700.307 BTC estão sob seu controle. Isso representa 55% de todos os BTC armazenados nos ETFs americanos. Sozinho, o IBIT até supera o rendimento do famoso iShares S&P 500 com uma performance de +82,67% em seis meses.

Thomas Fahrer, cofundador da Apollo, resumiu o evento sem rodeios: “A BlackRock agora detém 700.000 BTC“.

Esse número não é apenas simbólico. Ele traduz uma mudança massiva de mãos na posse de BTC. As instituições, através de ETFs, devoram as parcelas da oferta disponível. Mais que isso, acumulam mais do que os mineradores criam.

Segundo a Galaxy Research, os ETFs americanos combinados com a MicroStrategy compraram mais BTC do que o produzido pela mineração a cada mês de 2025, exceto em fevereiro.

Os ETFs Bitcoin dos EUA e a MicroStrategy compraram toda a recompensa dos blocos em 2025, exceto em fevereiro.

Galaxy Research

Com uma emissão limitada e estoques esgotados, o bitcoin torna-se um recurso cada vez mais concentrado. E a BlackRock se impõe como um ator de mercado impossível de contornar.

Bitcoin em escassez: quando os ETFs esvaziam as prateleiras mais rápido do que os mineradores as enchem

O apetite da BlackRock, combinado com o da MicroStrategy e outros, criou uma tensão inédita. Enquanto os mineradores emitiram apenas 7,85 bilhões de dólares em BTC em 2025, as instituições compraram 28,22 bilhões de dólares. O mercado secundário não é mais suficiente.

Mas o IBIT não é apenas um cofre. A inovação está presente: o REX-Osprey ETF, lançado recentemente, permite investir em Solana com staking integrado. Agora fala-se em rendimento passivo no próprio coração dos ETFs cripto. Um passo rumo à tokenização dos ganhos, ao estilo das finanças tradicionais.

Essa nova virada transforma os ETFs Bitcoin em ferramentas de rendimento e acumulação.

Alguns números-chave:

• 700.307 BTC: sob gestão da BlackRock;
• 75,5 bilhões $: valor aproximado do ativo;
• +82,67%: rendimento do IBIT desde janeiro;
• 28,22 bilhões $: BTC comprados pelos ETFs em 2025;
• 7,85 bilhões $: BTC criados pelos mineradores este ano.

Então, estratégia de longo prazo ou FOMO institucional? Em ambos os casos, as regras mudam. O bitcoin não é mais uma simples reserva de valor: torna-se uma alavanca de rendimento, ao estilo ETF.

A BlackRock não limita suas ambições apenas ao Bitcoin. O gigante de Larry Fink agora diversifica seu portfólio cripto. Ele investe maciçamente em Ethereum, apostando em seu potencial apesar das incertezas. Em um ecossistema ainda volátil, é uma maneira