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Trump recua após um chamado decisivo de von der Leyen

Mon 26 May 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Donald Trump está convencido: os Estados Unidos foram “bons demais, por tempo demais”. Eles ofereceram seus mercados, sua estabilidade e seus consumidores a um mundo ávido. Resultado: uma América explorada, sugada por seus parceiros comerciais. Essa época estaria acabada. Agora, é hora de um reequilíbrio brutal. E isso passa pela arma preferida do presidente: as sobretaxas aduaneiras. No seu alvo? A China, a África… mas principalmente a Europa. Até que uma ligação muda (quase) tudo.

Em uma arena, Ursula von der Leyen, com o telefone em uma das mãos, discutindo com Donald Trump

Em resumo

  • Ursula von der Leyen obteve um adiamento das sobretaxas aduaneiras após uma simples ligação.
  • A Europa preparava represálias aduaneiras avaliadas em mais de 100 bilhões de euros contra os Estados Unidos.
  • Trump ameaçou impor sobretaxas de 50% sobre todas as importações europeias a partir de junho.
  • O clima comercial permanece tenso apesar do adiamento, as negociações recomeçam em uma calma aparente.

Ursula von der Leyen: uma ligação para salvar a economia europeia?

A ideia de um “Liberation Day”, onde os Estados Unidos quebrariam as cadeias de sua dependência comercial, deu a volta ao mundo, até mesmo em Wall Street e na indústria cripto. Trump queria agir com força. O 1º de junho deveria marcar um ponto de virada. Ele ameaçava sobretaxar em 50% todos os produtos europeus. Na África, o temor de um efeito dominó era palpável. Na China, Pequim se preparava para um novo confronto e para novas escolhas econômicas preocupantes.

Na Europa, Ursula von der Leyen atendeu o telefone. Ela ligou para Trump. Resultado:

Tive uma boa ligação com o presidente Trump. A Europa está pronta para avançar rapidamente. Para alcançar um bom acordo, precisaríamos de tempo até 9 de julho.

Trump confirmou: “Ursula acabou de me ligar… Ela pediu um prazo e disse que quer uma negociação séria.

Por trás dessas frases diplomáticas, está uma trégua aduaneira inesperada. Um sursis de cinco semanas, obtido sem aviso prévio. Uma façanha para von der Leyen, dado o tom beligerante adotado por Trump dois dias antes.

Captura de tela relatando a confirmação por Trump da ligação entre ele e von der Leyen
Confirmação por Trump da ligação entre ele e von der Leyen – Fonte: X

A Europa ameaçava retaliar: quando a guerra comercial beira o rompimento

A economia europeia se preparava para contra-atacar. Diante das sobretaxas anunciadas, Bruxelas havia sacado uma lista de produtos americanos visados. Valor potencial das represálias: 116 bilhões de euros. Vinhos, carros, aviões e também produtos farmacêuticos americanos estavam na mira.

Ursula von der Leyen, em um comunicado solene, alertou:

As tarifas anunciadas terão consequências massivas. A economia mundial sofrerá.

Ela mencionou um aumento imediato dos preços para os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis.

Por seu lado, Trump repetia que “a UE foi criada para tirar proveito dos Estados Unidos” e afirmava que “a América não quer um acordo, apenas justiça“. As sobretaxas já vigentes – 25% sobre aço e alumínio – permaneciam intactas. Uma “tarifa recíproca” de 20% havia sido anunciada, antes de ser suspensa.

A guerra comercial não era mais uma ameaça. Tornou-se iminente. Nesse contexto, os negociadores europeus multiplicavam as trocas para evitar uma escalada que abalaria a economia dos dois blocos.

Adiamento ou paz duradoura? O que o futuro reserva para a economia transatlântica

Hoje, reina uma calma precária. O prazo de 1º de junho foi adiado. O novo prazo vai até 9 de julho. Esse alívio não garante nada. Trump já ameaçou reativar os aumentos tarifários. Maros Šefčovič, comissário europeu do Comércio, alertou:

O comércio transatlântico deve ser guiado pelo respeito mútuo, não por ameaças.

Por sua vez, Trump oscila. Ele descreve a ligação de Ursula como “muito agradável“, mas critica “a lentidão burocrática europeia“. As negociações recomeçam. Mas a economia permanece suspensa a cada tweet presidencial.

Principais números para lembrar:

  • O déficit comercial EUA-UE foi de 236 bilhões de dólares em 2024;
  • A Europa ameaçava represálias aduaneiras no valor de 116 bilhões de euros;
  • As tarifas vigentes incluem 25% sobre aço, alumínio e 10% sobre todas as importações;
  • Uma sobretaxa de 50% sobre todos os produtos europeus foi mencionada, tendo impacto imediato no preço do bitcoin, mas depois suspensa.

Este adiamento gera mais dúvidas do que certezas. A economia europeia, presa entre ameaças e diplomacia, deve preservar seus interesses sem provocar uma escalada. Por trás dos números, trava-se uma guerra de narrativas. Washington exibe sua força, Bruxelas joga para ganhar tempo. Para evitar que essa importante relação econômica desabe no caos, alguns em Bruxelas já começam a considerar outro caminho: voltar-se para os BRICS. Uma alternativa estratégica que pode redistribuir as cartas em escala global.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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